Aqueles que controlamos voluntariamente são os músculos esqueléticos; eles podem ser subdivididos de acordo com seus tipos de fibras: tipo I, tipo IIa e tipo IIx.
As fibras do tipo I, menores e mais escuras, utilizam como fonte de energia um sistema aeróbio, que consome o oxigênio para garantir contrações musculares lentas e uma maior resistência à fadiga, ou seja, elas são mais apropriadas para exercícios de longa duração e menor intensidade, como caminhadas e corridas de longa distância.
Já as fibras do tipo IIa têm como fonte de energia o oxigênio e a glicose em proporções semelhantes, apresentando coloração avermelhada e tamanho intermediário. Essas fibras possuem capacidade de contração mais rápida e maior força, se comparadas às fibras do tipo I, mas não possuem tanta resistência à fadiga. São mais desenvolvidas em praticantes de esportes como ciclismo, natação ou corridas de curta distância.
As fibras musculares do tipo IIx, por sua vez, são as maiores e mais pesadas e possuem cor esbranquiçada. Elas usam grandes quantidades de glicose para obter energia e quase nenhum oxigênio, sendo capazes de contrações rápidas e com grande força. Porém, alcançam a fadiga aproximadamente após 15 segundos de contração. Essas são as mais empregadas por atletas de body building e power lifting. O fator hereditário é o mais importante para determinar a composição das fibras musculares de um indivíduo; no entanto, isso não quer dizer que estejamos presos a qualquer padrão de atividade física pela construção genética de nossos músculos. É aí que entram fatores como dieta, produção hormonal e especialmente treinamento direcionado à sua prática física individual. Assim, ter em mente o tipo de estímulo que devemos fornecer para o desenvolvimento de cada fibra muscular pode ser muito útil para que cada um possa alcançar seu objetivo como atleta.