Voar livremente como pássaros sempre foi um desafio para a humanidade. Durante muitos anos foram desenvolvidas diversas invenções, com o intuito de facilitar a locomoção e dar ao homem a sensação de liberdade. E é essa sensação que leva centenas de pessoas todos os anos para o Horizonte Perdido, em Araxá. Considerada uma das melhores rampas para voo do mundo, atrai pilotos brasileiros e internacionais que utilizam uma estrutura de 10,5 mil m² para a decolagem.
A maioria dos frequentadores do local tem em comum o amor e a apreciação da exuberante beleza natural do horizonte entre as serras da Bocaina e da Canastra. O instrutor José Caixeta está no esporte há mais de 20 anos e ama o que faz. “ Voar é a forma que eu encontro de estar em contato com a natureza. Desenvolvo um trabalho que de certa forma é estressante e requer muita dedicação. Quando pratico o esporte consigo esquecer de tudo e tenho muito prazer nisso”, ressalta
O voo livre é um esporte em que o piloto utiliza os contrastes de temperatura do vento para realizar voos não motorizados. Ao longo dos anos, a modalidade praticada em Araxá ganhou repercussão nacional e internacional em virtude das ótimas condições climáticas do local, que permitem voos de alto nível. O bombeiro militar Luiz Fernando Vilaça começou a voar no ano de 2013 e encontrou no esporte a válvula de escape de uma rotina intensa que a profissão exige. “Costumo lidar bem com a adrenalina talvez pelo fato de ser um bombeiro militar. E o esporte encaixou perfeitamente na minha vida. Pois é uma combinação de adrenalina, paz e tranquilidade”.
A Escola AIR Araxá promove cursos de voo em parapente. A idade mínima é 18 anos, e é necessário que o aluno tenha uma boa mobilidade e esteja com saúde em dia para estar apto a voar. São realizadas de 60 a 80 horas/aula nos finais de semana. Com a duração de três a seis meses de curso, até a liberação definitiva que ocorre após 30 voos solo.