O lixo descartado incorretamente nas margens do rio Cherwell, no sudeste da Inglaterra, gerou uma montanha com 10 metros de altura e 150 metros de comprimento. A pilha de lixo é tão grande que já pode ser vista do espaço.
A montanha de lixo já é classificada por grupos ambientalistas como um “desastre ecológico”, enquanto autoridades locais afirmam não terem condições financeiras de arcar com a remoção segura de todos os resíduos.
O lixo foi jogado em um campo entre o rio Cherwell e uma rodovia na região de Oxfordshire, a cerca de 80 km de Londres. Ainda não se sabe quem despejou a pilha de lixo triturado no local, mas ambientalistas e políticos apontam para ação de um ou mais grupos do crime organizado.
O terreno com a montanha de lixo foi descoberto por um pescador no dia 10 de setembro. No entanto, imagens de satélite conseguiram descobrir que o lixão ilegal começou a crescer no verão deste ano — que no Hemisfério Norte acontece entre junho e setembro.
O deputado Calum Miller, que representa Bicester e Woodstock no Parlamento do Reino Unido, fez um pronunciamento sobre o custo elevado para resolver a situação. “O custo estimado da remoção é maior do que todo o orçamento anual do conselho distrital local”, disse em discurso no parlamento.
O deputado ainda denunciou que a montanha de lixo teria surgido após ação de criminosos. “Criminosos despejaram uma montanha de lixo ilegal, pesando centenas de toneladas, em minha circunscrição eleitoral, em uma planície aluvial adjacente ao rio Cherwell. A Agência Ambiental afirmou ter recursos limitados para fiscalização.”
A Agência Ambiental do Reino Unido obteve uma ordem judicial para fechar o local ao público por seis meses e informou ter iniciado uma investigação para descobrir quem jogou o lixo no local.
A organização ambiental Thames21 esteve no lixão e publicou um comunicado de alerta sobre um possível “desastre ecológico”. “O terreno onde o aterro está localizado alaga regularmente, o que gera séria preocupação por parte da Thames21 de que toneladas de plástico possam em breve ser levadas diretamente para o rio Cherwell e, consequentemente, para o rio Tâmisa, poluindo centenas de quilômetros de vias navegáveis e prejudicando os ecossistemas por gerações”, diz comunicado.
