Uma programação com música, momentos de reflexão e a presença da comunidade escolar marcou o encerramento das atividades da 17ª Primavera dos Museus, na noite da última sexta-feira (22).
O evento foi realizado no Centro de Referência da Cultura Negra com o tema “Quilombolas”. As atividades buscaram evidenciar os costumes e lutas do movimento preto na sociedade. Entre as atrações, os alunos da Escola Municipal Benedito de Paula Filho realizaram duas apresentações: a encenação do poema “Mãe Negra” e uma dança de capoeira. Já a psicóloga Ismayla Roque, ministrou a roda de conversa “A Força do Aquilombamento”, que evidenciou a importância das pessoas pretas se apoiarem de modo concreto, com o objetivo de crescerem a partir da potência que representam.Houve ainda a encenação do “monólogo do enforcado”, escrito por Heitor Gentil Montandon, em 1987, que retrata uma passagem da história da Árvore dos Enforcados. O momento contou também com apresentações musicais de samba de roda (manifestação ligada à cultura afro) e roda de samba (estilo tradicionalmente carioca). A presidente da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB), Cynthia Verçosa, destaca a inserção de movimentos como este em espaços culturais e a realização da 17ª Primavera dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que este ano contou com o tema “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, Indígenas e Quilombolas”.
“O balanço é muito positivo. Tivemos em Araxá uma semana com uma programação especial, em que a população esteve presente em vários espaços da fundação para a discussão de temáticas importantes. Contamos com a participação tanto da comunidade escolar quanto da sociedade em geral. Foi também uma oportunidade para que as pessoas percebam que os museus não são apenas espaços para visitação, e sim que eles funcionam com várias atividades gratuitas e acessíveis a todos”, ressalta.