Com programações distribuídas entre os museus, a Escola Municipal de Música, o Ateliê de Tecelagem e a sede da Fundação, aliadas ao diálogo permanente com os artistas, a FCCB reforçou sua atuação como referência cultural e ampliou o acesso da população à cultura em Araxá.
Entre janeiro e dezembro, a sede da Fundação recebeu eventos como o Rock do Metal, o Araxá Beer Fest, o Circuito Literário do Cerrado, exibições de documentários, lançamentos literários, apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, além de rodas de conversa e exposições.
Setor de Projetos
O Setor de Projetos da FCCB foi implantado no final de abril. Durante esse período, foram realizados 34 atendimentos de prestação de contas da Lei Paulo Gustavo, a categorização de 50 pastas e o planejamento do ciclo 2 da Política Nacional Aldir Blanc, aprovado para quatro anos de investimentos. As escutas públicas realizadas em junho e julho reuniram 135 artistas na construção coletiva do Plano de Aplicação de Recursos.
Ao longo do segundo semestre, o setor ampliou oficinas, atendimentos e capacitações. Em setembro, foram realizados 22 dias de atendimentos relacionados à PNAB – ciclo 1, além de oficinas presenciais e on-line. Lançado em outubro, o edital do saldo remanescente voltado à premiação de artistas da PNAB recebeu 111 inscrições. Nesta etapa, foram destinados R$ 266.200,00 ao reconhecimento de artistas e produtores culturais, com 20 agentes culturais premiados.
Os processos informatizados facilitaram o acesso aos editais e à submissão de projetos, enquanto a parceria com o Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) consolidou o diálogo entre o Poder Público e a sociedade civil, fortalecendo o desenvolvimento cultural em Araxá.
Museus
Entre 2 de janeiro e 30 de novembro de 2025, o Museu Histórico de Araxá – Dona Beja recebeu 12.321 visitantes. No mesmo período, o Museu Calmon Barreto e o Memorial de Araxá contabilizaram 7.379 visitantes, enquanto o Centro de Referência da Cultura Negra recebeu 1.435 visitantes. Os números representam um crescimento de 6% na visitação em relação ao mesmo período de 2024.
Ao longo de 2025, os museus desenvolveram projetos voltados à educação, à valorização da cultura local e ao diálogo com diferentes públicos. No Museu Histórico de Araxá – Dona Beja, destacam-se as ações Desenhando no Museu e Conectando os Alunos às Mudanças Climáticas. Já a Galeria Dona Beja recebeu 10 exposições ao longo do ano, entre mostras de artistas locais e nacionais.
O Museu Calmon Barreto e o Memorial de Araxá realizaram três projetos e oito eventos, com atividades como contação de histórias, exibições de filmes, rodas de conversa e exposições. Já o Centro de Referência da Cultura Negra promoveu iniciativas voltadas à valorização das tradições afro-brasileiras, como os projetos O Congado Bailando e Dançando a Coroação do Rei do Congo, além da Oficina da Boneca Abayomi, bem como a realização de eventos culturais e formativos.
Escola Municipal de Música
A Escola Municipal de Música Maestro Elias Porfírio de Azevedo também teve um ano de destaque. Com cursos livres e técnicos, a instituição manteve sua vocação formadora e alcançou mais de 400 alunos em 2025. O Curso Técnico em Instrumento Musical atingiu recorde de inscritos e aprovados, com 33 novos alunos.
Outro marco foi a criação da Orquestra Infantojuvenil de Araxá, formada por 38 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos. A escola ainda promoveu eventos como a Festa Junina, a Semana da Música, o primeiro Encontro de Bandas Liras de Araxá, a tradicional Noite do Chorinho, além de recitais e apresentações do projeto Espaços Abertos.
Ateliê de Tecelagem
O Ateliê de Tecelagem Hermantina Drummond expandiu suas ações por meio do projeto Teia Sustentável. A reutilização de aproximadamente 500 uniformes da empresa McCain possibilitou a criação de peças artesanais, cursos gratuitos e ações solidárias. A produção de cobertores, lençóis e acessórios, com doações para entidades que acolhem pessoas em situação de vulnerabilidade, reforçou o compromisso com a sustentabilidade, a criatividade e o impacto social.
Em 2025, o Ateliê ampliou sua atuação formativa com cursos e oficinas gratuitas abertas à comunidade. Foram realizados dois cursos básicos — Tricô e Crochê e Bordado em Ponto de Cruz — que certificaram 18 alunas, além de uma oficina de bijuterias com materiais reciclados, envolvendo mais de 200 participantes na Escola Municipal Eduardo Montandon.
As ações incluíram atividades voltadas a técnicas sustentáveis e projetos de caráter social, como o projeto Costurando Vidas, que trouxe oficinas de bonecas de pano, que foi desenvolvido em parceria com a Rede Sesc Ação Comunitária em novembro.




