O sedentarismo, caracterizado pelo hábito de passar grande parte do tempo em atividades com baixo consumo de energia, tem sido associado a uma série de problemas de saúde. O alerta é do cardiologista Lucas Coelho Pena, da Unimed Araxá. Segundo a última definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), indivíduos entre 18 e 65 anos que não praticam um mínimo de 150 minutos de atividades físicas aeróbicas por semana são considerados sedentários, com variações para crianças e idosos.
“A relação entre o comportamento sedentário e o aumento do risco de diversos problemas de saúde é bem estabelecida. Além do excesso de peso e problemas ortopédicos, o sedentarismo está relacionado ao aumento do risco de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, transtornos do humor, insônia, demências, doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e até mesmo alguns tipos de câncer, como mama e cólon”, ressalta o cardiologista.
O médico enfatiza que o sedentarismo acelera o envelhecimento e aumenta as chances de perda funcional precoce e dores crônicas. Estudos já correlacionam diferentes níveis de atividade física com longevidade, destacando a importância de incorporá-las à rotina. “Diferentemente do que era recomendado no passado, hoje sabemos que qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma. No entanto, para obter os maiores benefícios em termos de prevenção de problemas de saúde, é recomendado praticar pelo menos 150 minutos de atividades aeróbicas por semana, intercaladas com atividades de fortalecimento muscular pelo menos duas vezes por semana”, explica o especialista.
O cardiologista ressalta ainda que não existe uma modalidade esportiva superior às outras ou um horário do dia mais adequado para a prática de exercícios. “O fundamental é tornar a atividade física uma rotina, escolhendo uma atividade que goste e um horário que se adapte à sua rotina”, comenta.
Além dos períodos reservados para atividades físicas, Dr. Lucas recomenda substituir atividades sedentárias por outras que envolvam consumo de energia, como caminhar até a padaria ou ao mercado. Ele também destaca a importância da avaliação médica pré-participação, principalmente para aqueles que iniciarão atividades físicas com intensidade moderada ou superior. “Dependendo da intensidade e modalidade do exercício, é essencial buscar orientações de educadores físicos ou fisioterapeutas, especialmente em situações especiais. É crucial que idosos, crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas consultem seus médicos antes de iniciar qualquer atividade física”, conclui o cardiologista da Unimed Araxá.