A reconstrução mamária tornou-se uma etapa fundamental no tratamento do câncer de mama. Mais do que restaurar a forma e a simetria dos seios, o procedimento tem papel decisivo na recuperação emocional das pacientes, conforme explica o cirurgião plástico Dr. Henrique Coraspe, da Unimed Araxá. “A reconstrução mamária vai muito além da estética. Ela ajuda a corrigir deformidades da parede torácica e melhora significativamente o bem-estar psicológico e a qualidade de vida das mulheres que passaram pela mastectomia”, afirma o médico.
Segundo ele, as técnicas variam de acordo com o quadro clínico, as condições físicas da paciente e o tipo de cirurgia realizada. As opções incluem o uso de implantes, tecidos da própria paciente ou a combinação de ambos. O procedimento pode ser feito imediatamente após a mastectomia ou de forma tardia, após o término de outros tratamentos, como a radioterapia.
“A reconstrução imediata garante um resultado estético superior e menor impacto emocional, mas nem sempre é indicada, especialmente em casos de doença avançada ou necessidade de radioterapia”, explica Coraspe. “Já a reconstrução tardia evita interferências nos tratamentos complementares, embora exija mais tempo de recuperação”, complementa.
Entre as técnicas mais comuns está a expansão tecidual com posterior colocação de implante definitivo, utilizada quando não há tecido suficiente para cobrir a prótese de forma direta. Outra opção é o retalho miocutâneo do reto abdominal (TRAM), em que o tecido do abdômen é usado para reconstruir a mama, indicado principalmente para pacientes que necessitam de maior volume ou passaram por radioterapia.
O médico também destaca o retalho do músculo latíssimo do dorso, que utiliza músculo e pele das costas, sendo indicado quando há falhas em reconstruções anteriores ou em pacientes com pouca gordura abdominal.
Há ainda casos em que a reconstrução cirúrgica não é recomendada. “Algumas mulheres optam por não fazer a reconstrução ou não têm condições clínicas para a cirurgia. Nesses casos, é possível utilizar próteses externas de mama, que oferecem conforto e praticidade”, observa Coraspe.
Independentemente da técnica, o cirurgião reforça que a decisão deve ser compartilhada entre médico e paciente. “Não existe uma técnica ideal. O mais importante é avaliar cada caso de forma individualizada, considerando os prós e contras de cada procedimento para buscar o melhor resultado possível”, conclui o especialista.
Fonte: Daniel Nacati – Assessor de Comunicação / Unimed Araxá
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