O impacto é sentido diretamente na vida dos idosos e de seus familiares. Com a presença diária das cuidadoras, há acompanhamento de medicação, alimentação, higiene e sinais de alerta, o que permite identificar precocemente alterações de saúde, reduzir internações e idas desnecessárias ao médico. Segundo relatos das famílias, houve melhora significativa não só na saúde física, mas também no bem-estar emocional, especialmente na prevenção de quedas, uma das principais preocupações na terceira idade.
Para a coordenadora do projeto, Fani Feres, os resultados mostram como o cuidado próximo muda realidades. “Nossos cuidadores possibilitam que o idoso viva com mais dignidade e autonomia dentro de casa, ao mesmo tempo em que tranquilizam a família. É um ganho coletivo: qualidade de vida para quem recebe o cuidado, menos sobrecarga para o sistema de saúde e a não institucionalização do idoso.”
Os cuidadores passaram por um processo rigoroso de capacitação teórica, ministrada por uma equipe multidisciplinar de profissionais de diversas áreas, como médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros, e prática em instituições de longa permanência.
O “Mãos que Cuidam” já é visto como um passo importante para consolidar uma política pública permanente de cuidado domiciliar à pessoa idosa, especialmente em uma cidade como Araxá, que registrou crescimento de 68% da população idosa nos últimos 12 anos.