Conforme o secretário municipal de Agricultura e Pecuária, Osmar Gonçalves dos Santos, as plantas jovens são as mais vulneráveis à geada. “O alto teor de água em células de folhas e caules expande-se ao congelar, rompendo o tecido vegetal e levando à perda total do ramo ou da planta”, explica. Já culturas como soja, milho e sorgo, hoje em fase de colheita, sofrem impactos menores devido ao menor conteúdo hídrico nos grãos.
Para blindar as plantações contra o frio, recomenda-se:
– Irrigação antes do nascer do sol, entre 4h e 6h30 – para formar uma fina camada de gelo que, ao liberar calor latente, protege as estruturas vegetais;
– Atenção redobrada em áreas de baixada – locais junto a córregos e rios concentram o ar frio;
– Monitoramento diário das condições climáticas por meio de boletins meteorológicos.
“Nosso foco é oferecer apoio técnico e prático para que cada produtor saiba exatamente como agir quando a temperatura cai. A irrigação antes do amanhecer é a medida mais eficaz, comprovada cientificamente e de baixo custo para reduzir os danos da geada”, reforça Osmar.
Em 2021, a região viveu uma das piores geadas dos últimos anos, com prejuízos significativos aos cafeicultores. Para este inverno, dados da Climatempo indicam temperaturas abaixo da média histórica em várias áreas do Sudeste, tornando ainda mais importante o preparo antecipado das lavouras.