O USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos) emitiu, nesta sexta-feira (28), um alerta sobre o risco elevado de liquefação do solo, após o terremoto que atingiu Mianmar e reverberou na Tailândia e na China. O fenômeno teve uma magnitude de 7.7 na Escala Richter e, até a contagem atual, deixou 144 pessoas mortas e 732 feridas.
Liquefação do solo faz o chão se comportar como líquido
A liquefação ocorre quando solos saturados de água, geralmente arenosos ou siltosos, perdem a resistência devido às fortes vibrações de um terremoto. O solo, então, passa a se comportar como um líquido, comprometendo a estabilidade de construções, estradas e outras infraestruturas.
O impacto desse fenômeno pode ser devastador, com imagens de desastres anteriores mostrando carros afundados e prédios inclinados ou colapsados. “Sedimentos frouxamente compactados e encharcados perdem sua capacidade de suporte, fazendo com que edifícios afundem ou tombem”, informou o USGS.
O tremor foi registrado às 12h50 (3h20 no horário de Brasília). Um segundo terremoto, de magnitude 6.4, foi reportado 12 minutos depois. O tremor resultou no desabamento de prédios em Bangkok, capital da Tailândia.
Já em Mandalay, cidade de Mianmar, país epicentro do terremoto, há registros de desabamentos, danos a vias públicas e impactos no fornecimento de serviços essenciais. Houve também relatos de tremores e danos em regiões da China.
Trabalho de recuperação se complica devido à liquefação do solo
Mais desabamentos podem ocorrer devido à liquefação do solo. Zonas densamente povoadas, que possuem construções mais precárias, possuem um risco maior.
Especialistas alertam que os danos podem se estender por semanas ou até mesmo meses. A liquefação do solo pode causar novos danos a qualquer hora, dificultando o trabalho de recuperação.
Os países enfrentam problemas de infraestrutura para lidar com a tragédia, como a falta de médicos e enfermeiros para o socorro das vítimas. “Mais feridos estão chegando, mas não temos médicos e enfermeiros suficientes”, relatou uma fonte hospitalar à imprensa local.
A comunidade internacional está sendo convocada para auxiliar no enfrentamento do desastre, tanto no fornecimento de ajuda humanitária quanto no envio de especialistas para as áreas mais afetadas.
Fonte: Redação ND – Florianópolis
Foto: Sumit/@SumitHansd/X
