A Olimpíada de 2020/2021 terá uma característica especial para o vôlei feminino: o encontro de gerações. O espetáculo contará com a choque entre gerações na composição do elenco; para ter uma noção, entre as 12 convocadas, a mais nova – Ana Cristina, tem apenas 17 anos e mais experiente – Carol Gattaz completará 40 anos durante a realização dos jogos. A partir disso pode se perceber que o elenco conta com jogadoras com as mais diversas vivencias e esse fato não se dá só pela diferença de idade, mas também pelas experiências em campeonatos internacionais, temporadas no exterior e entre outros.
O elenco selecionado para as os jogos conta com três campeãs olímpicas: Fernanda Gray, Natália e Tandara, além delas a ponteira Gabi também tem participação olímpica, no Rio-2016. As outras integrantes não têm experiência olímpica e vão desfrutar de sua primeira experiência.
Um fato curioso sobre essa convocação é que com o corte da Bicampeã Sheilla Castro nenhuma das atletas brasileiras pode sagrar-se Tricampeã olímpica, ou seja, nenhuma das selecionadas no grupo de Pequim-2008 compõe o elenco para estes jogos olímpicos. Mas, o fato mais intrigante é que a jogadora Carol Gattaz foi a última a ser cortada nas Olímpiadas de 2008 e nessa edição ela pode se sagrar campeã olímpica. O mundo realmente dá muitas voltas.
Apesar de a seleção Brasileira não ser favorita ao título as expectativas são grandes e a esperança da medalha de ouro é intensa; o elenco é composto por um conjunto muito forte e conta com grandes jogadoras e essa mescla entre juventude e experiência promete render ótimos frutos para o Brasil, não só agora, como também no futuro.
Hoje, o vôlei brasileiro ainda é uma potência no cenário mundial, apesar de não ser um dos grandes favoritos ao título, para mim, é uma das seleções mais fortes pelo elenco que apresenta. Apesar de não ter uma jogadora como principal destaque, é um time que se completa.
E, afinal, uma seleção tão acostumada a ganhar títulos que foi campeã por tantos anos tinha que passar por uma renovação em algum momento e são esses jogos que marcarão esse momento (como um teste de fogo), mas o que eu não deixo de acreditar em nenhum momento é nessa equipe, porque acima de qualquer coisa é o Brasil que entra em quadra, e quando isso acontece as coisas mudam.
Apesar das mudanças a equipe não deixou o nível baixar, manteve seu forte elenco, apenas trocou as peças e, por mais que desacreditada pelas estáticas, para mim é o time a ser batido hoje, pois não leva consigo a obrigação de vencer (advinda do favoritismo), mas pode entrar com tudo que tem sem medo de errar. E, vale lembrar “Treino é treino, jogo é jogo”, quando está valendo, está valendo.