Segundo o prefeito Robson Magela, esta é a chance de Araxá não repetir os erros do passado.
“Diferente da exploração do nióbio, que colocou Araxá no mapa mundial, mas a maior parte do dinheiro ficou fora da nossa cidade, as terras raras são a oportunidade de criarmos um jeito novo de desenvolver a economia aqui mesmo em casa”, disse o prefeito.
Robson Magela reforça que Araxá tem a chance de mostrar que dá para explorar esses recursos importantes sem deixar de lado o desenvolvimento da nossa cidade.
“Com a experiência que ganhamos com o nióbio, nossa estrutura e pessoas capacitadas, podemos garantir que a cidade aproveite essa riqueza, com mais qualidade de vida e oportunidades para o nosso povo”, afirma.
Impacto no mundo todo
O mundo está numa corrida atrás de minerais estratégicos. Estados Unidos, Europa e Japão querem diversificar de onde vem esses materiais para não depender tanto da China, que é responsável por cerca de 70% do refino mundial. Araxá tem potencial para virar referência no Brasil e no mundo.
“A experiência com o nióbio serve de lição. O projeto de exploração de terras raras pode transformar Araxá num exemplo nacional, onde não apenas vendemos recursos que são riquezas da nossa cidade, mas também desenvolvemos tecnologias e guardamos os benefícios para a população”, destaca Robson Magela.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ítalo Borges, as terras raras podem repetir o sucesso econômico do nióbio, mas com mais benefícios diretos para a cidade. Nesse cenário de disputa mundial por minerais estratégicos, Araxá tem a oportunidade de se posicionar como símbolo nacional, juntando progresso econômico com responsabilidade social e ambiental.
“Essa é a chance de fazermos diferente e melhor. Não se trata apenas de tirar da terra, mas de transformar potencial em progresso, com inovação, tecnologia e compromisso social. O projeto do Parque Tecnológico é o primeiro passo. A Prefeitura de Araxá já está articulando parcerias com instituições de pesquisa e empresas privadas para garantir que o planejamento seja feito de forma transparente e com a participação de todos”, afirma Ítalo Borges.
Próximos investimentos
A mineradora australiana St. George Mining comprou o projeto e planeja começar a construção da mina em 2026, com previsão de início das operações em 2027. A estimativa é de uma reserva de 280 mil toneladas de óxido de nióbio e 1,7 milhão de toneladas de óxido de terras raras, com potencial para crescer ainda mais.
“O Projeto Araxá é um empreendimento de mineração de nióbio e terras raras, com potencial para produzir até 20 mil toneladas por ano de ambos os metais, que será realizado pela mineradora australiana St. George Mining”, ressalta o secretário.
O prefeito Robson também reforça que o município acompanha de perto o processo de federalização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge).
“Precisamos rever a porcentagem que o município tem direito na exploração do nióbio. Acreditamos que hoje existe uma diferença muito grande entre o que é arrecadado e o que realmente deveria ser repassado para cá. Essa federalização será uma oportunidade única para o município reivindicar o que é nosso por direito”, concluiu Robson Magela.