O repórter da BBC Alaa Daraghme, que acompanha a situação do campo de refugiados de Jenin há pelo menos dois anos, relata, a seguir, o que está ocorrendo no local depois que Israel lançou uma operação militar de larga escala contra militantes palestinos no campo de refugiados de Jenin.
Dois anos atrás, quando chegávamos a Jenin, era possível ver dezenas de homens armados amontoados em grupos. Agora, há centenas.
A resistência às medidas de segurança israelenses na Cisjordânia, onde fica a cidade de Jenin, cresceu rapidamente.
Passamos por postos de controle do Exército israelense a caminho de Jenin, tentando fazer imagens algumas horas depois que Israel iniciou ataques intensos na cidade da Cisjordânia. Vários palestinos foram mortos e muitos outros feridos.
Vimos a fumaça subindo dos telhados — resultado do mais pesado bombardeio da área em anos. É um ciclo vicioso de violência.
Mais e mais palestinos passaram a acreditar que sua única saída é lutar. Eles acham que, se não brigarem, não terão mais nada no futuro.
No momento, eles não têm água encanada ou rede de esgoto — e temem que a situação fique ainda pior.
Memórias da Batalha de Jenin
Encontramos um dos moradores no campo de refugiados de Jenin, Ahmad Jaradat.
Segundo ele, os moradores não viam uma ação de tamanha dimensão desde 2002, quando Israel montou uma grande operação que ficou conhecida como a Batalha de Jenin.