As ações emitidas pela Eletrobras (ELET3) em seu processo de privatização estreiam em baixa na sessão desta segunda-feira (13), em um dia bastante negativo para os mercados em geral em meio aos temores dos mercados globais com o cenário de inflação alta e expectativa de aceleração do avanço dos juros pelos principais bancos centrais para contê-la. Às 10h11 (horário de Brasília), os papéis ELET3 caíam 2,29%, a R$ 40,06. Os ativos ELET6 tinham queda de 0,96%, a R$ 39,32.
A companhia realizou oferta de ações na última quinta-feira (9), movimentando R$ 33,68 bilhões.
O valor incluiu uma oferta primária de 627.675.340 novas ações ordinárias emitidas pela empresa, através das quais o governo brasileiro diluiu sua participação, uma oferta secundária de 69.801.516 ações já detidas pelo BNDES e o lote suplementar de ações destinado à estabilização de preços, aumentando a oferta em 15%. A oferta foi precificada a R$ 42 por ação.
Ao contrário de outras grandes vendas de ativos estatais, nenhum investidor, estrangeiro ou nacional, assumiu o controle da empresa por meio do processo. O modelo da Eletrobras estabeleceu um teto de direito de voto de 10% em participações individuais. A Eletrobras ainda não confirmou sua nova estrutura acionária.
A maior parte dos recursos da capitalização, ou cerca de R$ 25 bilhões, será destinada para a geradora renovar contratos de concessões de 22 usinas hidrelétricas para um novo formato, fora do regime de cotas, que travava ganhos de receita.
Com a renovação contratual, a geradora poderá se beneficiar da dinâmica de preços a partir da venda de energia no mercado livre, que promete se expandir nos próximos anos com a abertura para novas classes de consumidores, até mesmo residenciais.
Fonte: InfoMoney