Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram na tarde deste domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo. Vestindo camisetas amarelas, portando bandeiras do Brasil e de Israel, eles chegaram ao encontro em ônibus com placas do interior de São Paulo e de outros estados.
Antes de comparecer à manifestação, o Bolsonaro almoçou com os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O encontro foi no Palácio dos Bandeirantes. Dos 13 governadores bolsonaristas eleitos em 2022, apenas os quatro compareceram ao ato deste domingo.
Movimentação na Avenida Paulista
Pela manhã, os adeptos começaram a chegar, e os discursos tiveram início por volta das 14h30. Por volta das 15h, Bolsonaro chegou, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) indicava que aproximadamente 185 mil pessoas estavam reunidas na manifestação.
Tarcísio de Freitas discursou em nome dos quatro governadores presentes. “Nós estamos aqui para celebrar o verde e amarelo, o amor ao nosso país e celebrar o Estado Democrático de Direito.. Temos aqui o desafio da representatividade, que só será vencido com liberdade, liberdade de expressão, de pensamento e de manifestação, sem nenhum tipo de censura”, discursou.
A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, fez um discurso de motivação religiosa. “Desde 2017, nós estamos sofrendo, nós estamos sofrendo por exaltarmos o nome de Deus, porque o meu marido foi escolhido e porque ele declarou que era Deus acima de tudo”, disse.
O que Bolsonaro disse?
Bolsonaro foi o último a falar. O ex-presidente, que está inelegível até 2030 pelo motivo de abuso de poder econômico pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criticou as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu anistia àqueles que foram condenados pelos ataques de 8 de janeiro.
“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro (…) uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para seja feita justiça em nosso Brasil”, disse.