A proposta amplia o trabalho do ateliê, incorporando à rotina, que antes era voltada apenas à tecelagem, novas práticas de reaproveitamento e sustentabilidade.
A coordenadora Patrícia Padovani ressalta a importância da parceria. “A Fundação Cultural abraçou essa ação que une responsabilidade ambiental e solidariedade. A empresa doa os uniformes usados e com eles conseguimos aproveitar todo o material, como moletons, jalecos e camisetas, que se transformam em novos produtos”.
Desde junho, a iniciativa já resultou em dezenas de peças confeccionadas manualmente, todas feitas a partir de tecidos reaproveitados. Posteriormente, eles serão entregues a instituições e famílias em situação de vulnerabilidade.
Entre as mãos que dão vida a esse novo ciclo está a tecelã Regina Maria Pereira Morais, com quase três décadas de experiência no tear. Hoje, ela transforma o que seria descartado em beleza, cuidado e propósito.
“Passei 29 anos produzindo peças no tear. Com essa experiência, tive a chance de fazer algo diferente, e foi maravilhoso. Agora, pego o que iria para o lixo e vejo nascer algo cheio de significado. É uma sensação de renovação. Transformar o que seria descartado em algo útil e bonito é também uma forma de cuidar do planeta e das pessoas”, conta Regina.


