Araxá dá início, nesta quinta-feira (20), aos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma mobilização internacional que, no Brasil, começa simbolicamente no Dia da Consciência Negra. A data reforça o compromisso com o enfrentamento às desigualdades e destaca que mulheres negras estão entre as principais vítimas da violência, tornando ainda mais urgente a construção de políticas públicas efetivas.
A campanha busca sensibilizar a sociedade, ampliar debates e fortalecer a rede de proteção, reunindo ações coordenadas por diversas secretarias municipais e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
Para a coordenadora da OPM (Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Araxá), Luana Oliveira, iniciar a mobilização no Dia da Consciência Negra traz um sentido profundo. “Quando começamos no 20 de novembro, reafirmamos que a violência de gênero é atravessada por desigualdades raciais. É um chamado para enxergar essas camadas e construir políticas mais justas, inclusivas e humanas”, destaca.
Ao longo dos 21 dias, Araxá contará com ações educativas, preventivas e de mobilização social. Entre os destaques da programação estão: Lançamento do Diagnóstico Municipal da Violência contra a Mulher (25/11), com dados inéditos sobre a realidade local; Premiação do projeto “Maria da Penha vai às Escolas”, que leva prevenção e conhecimento às salas de aula; Blitz “Noite Segura”, reforçando proteção para mulheres em bares e estabelecimentos noturnos; Pedal Solidário, rodas de conversa, ações esportivas, culturais e educativas; Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, durante a final do Campeonato Ruralão 2025. A programação foi construída de forma intersetorial, reunindo saúde, educação, assistência social, segurança pública, esporte, cultura e sociedade civil.
Também será apresentado o resultado do Diagnóstico Municipal da Violência contra a Mulher, no dia 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Os dados estratégicos coletados no diagnóstico vão orientar decisões, investimentos e protocolos de atendimento. “É um estudo que organiza informações essenciais sobre a realidade das mulheres em Araxá. Ele mostra onde avançamos e onde precisamos agir com mais intensidade”, explica Luana.
Luana reforça que enfrentar a violência é responsabilidade coletiva. “Queremos que todas as mulheres saibam que não estão sozinhas. E queremos que a sociedade entenda que prevenir a violência é um compromisso de todos. Apoiar, respeitar, escutar e agir salvam vidas.”
