A iniciativa faz parte de um esforço conjunto entre as áreas de Assistência Social, Saúde, Educação, Segurança Pública, Justiça e órgãos especializados, que compõem a rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Araxá.
“Estamos construindo este fluxo de forma integrada e comprometida. Toda e qualquer unidade da rede — saúde, polícia, assistência ou educação — pode ser uma porta de entrada para essa mulher. O objetivo é garantir que, onde quer que ela chegue, seja acolhida e corretamente direcionada”, explicou Cristiane Pereira, subsecretária municipal de Assistência Social.
Maria Cecília Lemos, coordenadora do CRAM, lembrou que a versão anterior desse fluxo já existia internamente desde 2021, apresentada semestralmente ao Tribunal de Contas. “A diferença agora é que simplificamos o diagrama para torná-lo visível e de fácil compreensão também para outros profissionais que estão na ponta e podem acolher diretamente a vítima, como educadoras, assistentes sociais e profissionais de saúde. Queremos que todos saibam exatamente como proceder, sem complicações”, detalhou Cecília.
A nova proposta reforça ainda a importância da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD) da Polícia Militar como referência dentro do CRAM, ampliando a visão protetiva e articulada da rede.
A versão final do fluxo será apresentada oficialmente na Capacitação da Rede de Atendimento, marcada para o dia 21 de agosto, dentro da programação do Agosto Lilás. O encontro reunirá profissionais de saúde, assistência, segurança pública, educação e justiça com o objetivo de alinhar condutas, linguagem e abordagens no acolhimento das vítimas.
“Este documento não é apenas um protocolo, mas um guia simplificado que aponta as portas de entrada e os passos iniciais que a mulher deve seguir em nossa rede. Os detalhes sobre abordagem, o que dizer e como conduzir cada situação serão aprofundados na capacitação”, concluiu Cristiane Pereira.