Aplicar métodos, técnicas e recursos de expansão pulmonar, remoção de secreção, fortalecimento muscular, recondicionamento cardiorrespiratório e suporte ventilatório são algumas das funções do Fisioterapeuta no tratamento da doença.
Na bronquiolite, devido à produção excessiva de muco (catarro) decorrente da inflamação brônquica, a criança pode apresentar sinais de desconforto respiratório, nesse momento, o fisioterapeuta atuará desde a avaliação do sistema respiratório até a intervenção com técnicas que colaborem para o conforto da criança e segurança da família no controle dos sintomas. Em casos mais graves, quando se requer a internação do paciente, a fisioterapia atua no gerenciamento da ventilação espontânea, invasiva e não invasiva, na manutenção da funcionalidade e gerenciamento da via aérea natural e artificial, na realização e na titulação da oxigenoterapia e inaloterapia e na determinação das condições de alta fisioterapêutica.
Os principais benefícios procedentes da fisioterapia respiratória para pacientes com bronquiolite são: a melhora dos sinais vitais, diminuição do trabalho muscular respiratório, melhor adaptação à ventilação não invasiva e/ou oxigenoterapia, diminuição da necessidade de aspiração das vias aéreas superiores, melhor manejo das nebulizações e aerossóis e menor tempo de desmame ventilatório quando conduzido pela fisioterapia.
Bronquiolite
Definição
A bronquiolite é uma inflamação aguda dos bronquíolos terminais, ou seja, das ramificações mais finas que conduzem o ar para dentro dos pulmões.
Causa
É causada, na grande maioria das vezes, por vírus, e o mais frequente é o VSR (vírus sincicial respiratório), principalmente nos meses frios.
Sintomas
A bronquiolite, geralmente, começa como um resfriado, com obstrução nasal, coriza e tosse. Entre o terceiro e o quinto dia, se o sistema imunológico não for eficiente o suficiente para eliminar o vírus da via aérea superior, ele atinge o pulmão, causando uma inflamação dos bronquíolos. Essa inflamação aumenta a produção de secreção, dificultando a respiração, gerando o chiado e o cansaço. As crianças podem ter dificuldade para se alimentar e tomar líquidos. Nos casos mais graves ficam gementes e sonolentas
Prevenção
A transmissão dos vírus ocorre pelo ar ou por contato, através das mãos ou objetos contaminados por secreção que contenha o vírus. Em especial, no caso do vírus sincicial respiratório, lavar as mãos é fundamental ou a aplicação de álcool gel, evitar ambientes fechados e aglomerados, não levar a criança com febre e resfriada para a creche ou escola e cuidado com festinhas de crianças onde pode haver crianças resfriadas! Caso a criança apresente tosse, coriza ou resfriado evitar o contato, principalmente, com as crianças menores de três meses. Idealmente, até esta idade, evitar viagens, não levar a criança para shoppings ou eventos sociais.
Riscos
As crianças abaixo de dois anos tem maior risco de adquirir o vírus respiratório, especialmente, pela falta de imunidade contra o mesmo. É nesta fase que ocorrem as exposições aos agentes infecciosos para formar a defesa do organismo contra infecções futuras. Além disso, nessa idade, o calibre das vias aéreas é menor. Assim, a inflamação do bronquíolo provoca um estreitamento grande para a passagem do ar, o que aumenta a resistência e exige maior esforço respiratório para o ar entrar e sair dos pulmões. Os músculos respiratórios da criança tem uma característica de cansar muito, porque gastam muita energia, e isto também contribui para a piora do cansaço. Todas estas características são mais exacerbadas nas crianças menores de três meses de idade e isso favorece a evolução mais grave.
Tratamento
Como todo quadro viral, não existe um remédio específico para tratar a bronquiolite. A melhora depende da resposta imunológica da criança para eliminar o vírus. Contudo, algumas medidas ajudam para o alívio dos sintomas: inalação com soro fisiológico para fluidificar as secreções e ajudar a desobstruir os bronquíolos:·.
Lavagem nasal também com soro fisiológico;
Hidratar bastante a criança, oferecendo água regularmente;
Insistir na alimentação.
Nos casos moderados, onde o cansaço está presente, muitas vezes existe a necessidade de internação para oferecer oxigênio e, nos casos extremos, internação em UTI para utilização de aparelhos mecânicos para ajudar na respiração.
Algumas dicas pra você que está com bebê pequeno em casa:
- Evite aglomerações desnecessárias! Não precisa ir ao shopping, não precisa ir a festas nesse momento, e não precisa almoçar em restaurantes fechados.
- Lave as mãos antes de cuidar do seu bebê. E incentive a lavagem das mãos e o uso de álcool gel antes de colocarem a mão nele.
- Deixe sua casa arejada!
- Não permita que NINGUÉM visite seu bebê resfriado!
- Aplique soro fisiológico nas narinas do seu bebê diariamente. A mucosa nasal hidratada dificulta a adesão do vírus na mucosa!
- Tem filho mais velho? Faça dele seu aliado! Explique que ele deve lavar as mãos e hidratar as narinas para proteger o pequeno! E coloque ele de “vigia” das visitas!
- Proteja seu bebê do frio!
- Mamãe e papai resfriaram? Usem máscara de proteção para evitar o contagio…..
- Seu bebê está doente? Não mande pra creche doente! Por favor…. não faça como a grande maioria desinformada….
- Não frequente Emergências sem necessidade!
- Mantenha sempre contato com seu Pediatra assistente.Você não é fresca e nem neurótica! Você é cuidadosa e informada!